terça-feira, 30 de abril de 2013


Especial Nossa Senhora

Mãe de Jesus, Mãe da Igreja e nossa Mãe!

Com o mês de maio, somos convidados recordar o mês de Maria. Somos convidados e com Ela, a descobrir a riqueza do feminino, da mulher no Plano de Deus, em nossa vida, na vida da Igreja. Particularmente somos chamados a sempre mais descobrir porque nós cristãos amamos e veneramos Maria como a Mãe de Jesus, nossa Mãe e Mãe da Igreja.


Maria no AT é preanunciada em sua presença e missão já no Gênesis quando Deus fala que uma mulher “calcaria a cabeça da serpente” vencendo o mal (Gen.3,15).  Está visualizada nas grandes figuras femininas, como Éster, Judid, Rebeca, etc. Isaias a anuncia como a “virgem que nos traria o Salvador da humanidade”(Is.7,14). No NT, não somos nós, mas a própria eternidade, Deus, que através do anjo Gabriel a saúda, dizendo“Ave Maria, cheia de graça, o Senhor está contigo, bendito é o fruto do teu ventre"(Lc.1,28s). Isabel a reconhece como a Mãe do Salvador. “Donde me vem a honra de receber a Mãe de meu Salvador”(Lc.1,43), como profetiza que Maria “seria a bendita de todas as gerações”(Lc.1,48).



Maria não é apenas a Mãe de um grande homem, nem do maior dos profetas, mas a Mãe do Filho de Deus, do nosso único Salvador e Redentor. Ela gerou e educou Jesus. Acompanhou seu Filho amado ao longo da vida, da gestação até sua morte e ressurreição. Foi o próprio Cristo Quem a entregou como a Mãe de toda a humanidade ao pé da cruz nos momentos finais de sua vida. “Mãe, eis ali teu filho, filho eis ali tua Mãe”(Jô.19,26). Ela se fez presença no Pentecostes, na Igreja nascente e através de toda a história dos dois mil anos do cristianismo.



Sem dúvida, Maria se encontra no coração de Deus Pai, no coração e na vida de Jesus, no coração da Igreja e dos povos. Sua presença na Igreja e na humanidade nos é conhecida. Aparece em Lourdes, para nos pedir conversão. Em Fátima intercede pela conversão da Rússia e da humanidade. No México, Guadalupe, intervem a favor de nossos índios. Em Aparecida, pede para reconhecermos os negros como iguais a todos, etc.. A presença de Maria aparece diretamente à Promessa de Deus no AT, como a Mãe de Cristo e da Igreja no NT e como a mediadora entre Deus e o homem na história da Igreja. É por isto que nós cristãos a amamos e a veneramos.



Deus ao nos chamar à vida através de nossos pais nos criou “a sua imagem e semelhança”, como homens e mulheres, como família, onde o masculino e o feminino fazem parte da essência da natureza humana. Em nossa vocação humana e divina, Maria é o feminino de Deus em nosso caminho para a eternidade. Deus é Pai com coração de Mãe, onde Maria aparece como “o rosto materno de Deus” a favor da humanidade.



Padre Evaristo Debiasi 

Mensagem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil para o Dia do Trabalhador

E-mailImprimirPDF
PÁGINA 2Em comemoração ao Dia do Trabalhador, nesta quarta-feira, 01 de maio, a CNBB manifesta através de uma nota “o seu apoio aos que pelo trabalho contribuem na construção de um mundo melhor”. Leia a íntegra da nota.
Mensagem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil 
para o Dia do Trabalhador 
Meu Pai trabalha sempre, e eu também trabalho (Jo, 5,17)
Ao celebrar o dia do Trabalhador e da Trabalhadora, a CNBB manifesta seu apoio aos que pelo trabalho contribuem na construção de um mundo melhor. O trabalho tem uma dimensão que vai além da produção de riquezas. É o processo de humanização da pessoa e do mundo. Ele “comporta em si uma marca particular do homem e da humanidade, a marca de uma pessoa que atua numa comunidade de pessoas; e uma tal marca determina a qualificação interior do  próprio trabalho e, em certo sentido, constitui a sua própria natureza” (Laborem Exercens 1).
Saudamos com alegria especial os empregados domésticos que, após grande esforço, têm reconhecidos pelo Congresso Nacional seus direitos, no mesmo regime de outros ramos de atividade, com a aprovação da PEC 66/12. Esta vitória implica agora a necessidade de vigilância para que o preceito legal seja cumprido integralmente.
Causa-nos preocupação o grande número de pessoas em situação de trabalho análoga à escravidão, nas atividades rurais e urbanas, especialmente migrantes e imigrantes.  Esta violação à dignidade humana precisa ser coibida e punida com severidade. Um sistema produtivo que desconsidera a centralidade da pessoa, priorizando o lucro e o acúmulo de bens, peca contra a dignidade humana.  Reiteramos o apelo ao Estado brasileiro para que se comprometa efetivamente na defesa e proteção das pessoas vitimadas e também dos que combatem este mal, e que crie políticas públicas que ataquem os fatores geradores: a miséria e a impunidade.
Neste ano em que a Campanha da Fraternidade tratou do tema da Juventude lembramos as condições ainda difíceis pelas quais passa a maioria dos nossos jovens em relação ao trabalho: desemprego, baixa renumeração, condições de trabalho precárias, informalidade, necessidade de conciliar estudos e trabalho e a alta taxa de rotatividade. A sociedade tem a missão de dar à juventude as condições para o pleno desenvolvimento dos seus dons e potencialidades, incluído o que se refere à atividade produtiva. É importante aprofundar a política governamental de incentivo ao primeiro emprego para os jovens.
Lembramos à classe trabalhadora a importância da atenção para a preservação dos seus direitos, garantidos constitucionalmente, especialmente a seguridade social. Os constantes processos de desonerações do chamado setor produtivo, operados pelo governo, não podem implicar em perdas para os trabalhadores e trabalhadoras.
A CNBB convida a todos os trabalhadores e trabalhadoras a continuarem colaborando no aperfeiçoamento da obra da criação, na busca de relações justas e solidárias no mundo do trabalho e na sociedade.
Que São José Operário acompanhe e proteja a todas as famílias trabalhadoras do Brasil.
Brasília-DF, 1º de maio de 2013
Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB

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